A Paz Perpétua Teatro Estúdio Fontenova
EVENTO TERMINADOTeatro
Hannah Arendt defendia na “Banalidade do Mal” que, em resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão porque aceitam e cumprem ordens sem questionar. A “Paz Perpétua” de Mayorga traz-nos novamente a essa realidade de Arendt, onde a Paz se constrói na falta de moralidade. Referindo-se o próprio título da obra de Mayorga ao ensaio filosófico de Kant que reflete a eterna questão “será que os fins justificam todos os meios?”, deixa-nos a premissa de uma reflexão demasiado actual: onde é que as medidas de segurança acabam e onde é que começa o terrorismo? O autor espanhol oferece-nos uma metáfora à ameaça terrorista global, três cães a competir por um lugar num corpo de elite de combate antiterrorista. Com o humor, por vezes negro, mas de um requinte de quem explora mais as suas dúvidas do que certezas, o autor ao dar às suas personagens a forma de animais, pode explorar ideias e conceitos que de tão brutais seriam inconcebíveis sair da boca de um ser humano, o que permite alargar a fronteira catártica desta sua metáfora.
Quando
Para Quem
Surdos
Adultos
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Língua Gestual Portuguesa