Castro de António Ferreira

EVENTO TERMINADO

Teatro

Escrita na segunda metade do séc. XVI pelo poeta António FerreiraCastro inaugura definitivamente a tragédia clássica em Portugal, rivalizando em importância e esplendor com Os Lusíadas de Luís de Camões. António Ferreira foi buscar à História de Portugal os dados fundamentais do núcleo sobre o qual construiu a sua ficção literária: a paixão do infante Pedro pela castelhana Inês, a aia de sua mulher, as intrigas espanholas, os receios dos conselheiros de D. Afonso IV, as hesitações do rei quanto à sorte de Inês, a bárbara execução desta, a cólera de D. Pedro, o castigo dos conselheiros, a coroação da rainha morta… Drama histórico, lenda popular ou mito, os amores de Pedro e Inês propiciam a Nuno Cardoso o seu primeiro encontro com um texto canónico da dramaturgia portuguesa. Circulam na peça alguns assuntos que o perseguem há muito: a família como lugar de claustrofobia e crime, a sedutora vizinhança de amor e morte, a vertigem da transgressão, a diferença ou a alteridade como força e como perigo. Bem no centro de Castro mora Inês – uma mulher, para mais estrangeira –, enfrentando sozinha a razão de Estado. “Castro na boca, Castro n’alma, Castro em toda parte tem ante si presente.”

Quando

Para Quem

Deficiência visual

Adultos, Jovens (13-17), Seniores

Serviços

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