Catamarã, nas Ilhas Salomão ninguém se preocupa com os erros ortográficos Ricardo Neves-Neves, encenação; Teatro do Eléctrico

Crescer pode ser complicado! Sobretudo quando o mundo parece girar tão rápido que de repente as coisas à nossa volta começam a encolher e a ficar muito pequeninas enquanto o nosso corpo fica muito grande. Pior ainda quando passamos a vida a tropeçar nas palavras e a nossa cabeça tem a mania de nos pregar partidas e trocar as sílabas de lugar ou mexer as letras de um lado para o outro como num carrossel. Aí as palavras tornam-se mesmo um quebra-cabeças! É que quando trocamos as letras de sítio, as palavras podem querer dizer uma coisa completamente diferente! E se dissermos uma palavra no sítio errado… então é que o caldo está mesmo entornado e podemos chatear alguém a sério!

Até podemos dizer uma coisa que não queríamos dizer e ficar com uma palavra entalada na garganta a picar como a espinha de um peixe. Um peixe como o Salmão… Salmão que por acaso também é o nome de uma cor. E é uma palavra parecida com Salomão que são umas ilhas incríveis no meio do Oceano Pacífico, onde é sempre verão, há insetos exóticos gigantes e onde provavelmente ninguém se preocupa com os erros ortográficos!