Romance da Raposa Companhia de Teatro de Almada

EVENTO TERMINADO

Teatro

Figura maior da literatura portuguesa do século XX, autor de uma obra que assenta numa escrita de grande virtuosismo narrativo e riqueza lexical e idiomática, dizia-se (em Lisboa) de Aquilino Ribeiro (1885-1963) que tinha levado consigo a província para a cidade. Romance da Raposa, escrito em 1924, para o oferecer pelo Natal a um seu filho, ilustra-o: trata-se de uma história «em harmonia com a ciência natural» de um território em que o «bicho-homem» vive paredes–meias com grande quantidade de bicharada. Uma história que é ao mesmo tempo realista e simbolista, capaz de mostrar às crianças «o mecanismo da astúcia», e pondo «à vista a relojoaria íntima, engenhosa e arteira» da raposa.

Tendo já dedicado ao teatro para a infância alguns grandes textos, a par com um trabalho continuado de pedagogia em torno da chamada grande música, que no teatro de arte encontra um lugar natural, Teresa Gafeira (n. 1952) parece ter reunido nesta sua nova criação o melhor de três mundos: a suprema e exuberante engenharia literária de Aquilino, o génio musical de Alexandre Delgado (n. 1965), a quem entregou a tarefa de compor música nova para uma história sobre uma já velha raposa, e o talento de António Lagarto (n. 1948), autor da cenografia e dos figurinos, para dar a tudo isso um corpo plástico que revisita e transfigura o espírito do tempo de há quase 100 anos, quando Romance da Raposa foi escrito.

Quando

Para Quem

Surdos

Adultos, Crianças (até aos 12), Jovens (13-17), Seniores

Serviços

Língua Gestual Portuguesa